sexta-feira, 17 de setembro de 2010

SUBJETIVIDADE E MODERNIZAÇÃO DAS EMPRESAS

          É comum considerar o mundo das organizações e de sua gestão como se ele viesse da racionalidade. A subjetivação e modernização são duas faces de uma mesma realidade, pois estão relacionadas com o avanço da refletividade nas sociedades modernas, pois o futuro das empresas se sua modernização já não é somente resultado da atividade econômica; ele tem que passar também pelo “desenvolvimento das autonomias subjetivas”, no entanto o gestor também deverá ser capaz de reconhecer como se ata e se desata a expressão das emoções em sua organização. 

 

Razão e Emoção no Contexto das Organizações Formais do Trabalho
Desde a década de 70 que as organizações se preocuparam mais com a cognição, as tomadas de decisão, o pensamento, a resolução do problema em detrimento das emoções, afetos e sentimentos. Ao contrário de antigamente, hoje já se sabe que as emoções são adaptações bem-projetadas, que atuam em harmonia com intelecto, sendo indispensável ao funcionamento da mente.
Os experimentos feitos em Hawthone, fez com que os estados afetivos presentes nas interações humanas ocupassem um espaço maior na racionalidade organizacional. Não se pode atingir um nível de racionalidade sem que se leve em conta os fatores afetivos e emocionais envolvidos.
Fineman (2001) a inter-relação entre emoções e razão é dividida em três perspectivas:
A das emoções que perturbam a realidade: parte da premissa que as pessoas agem com base no que percebem; as relações com a chefia serão influenciadas pela emoção e afeto decorrente da experiência anterior das pessoas com figuras de autoridade.
A das emoções que podem ser úteis a racionalidade: foi defendida por Simon (1979) ao introduzir o conceito de racionalidade limitada que afirmava que o ser humano não tem condições de processar todas as informações, avaliar e encontrar possíveis soluções e as conseqüências. As decisões são tomadas pelo uso também de alternativos pouco racionais como a intuição.
A das emoções e razões com duas faces da mesma moeda: as emoções e a razão se entrelaçam, as decisões organizacionais são muito pouco racionais e estão fortemente ancorados em afetos.
A racionalidade tão almejada pelas organizações pode ser mais bem sucedida ao se buscar incluir os aspectos afetivos. Estresse e outras perturbações mentais podem ter sua origem nas condições ambientais e formas de organização de trabalho, sendo necessárias mudanças, melhorar o ambiente e as formas de organização de trabalho, ao invés de apenas o nível da pessoa do trabalhador.

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